Mãe não consegue enterrar filha em Campo Grande assassinada por serial killer em 2016

Jovem de 22 anos foi uma das 16 vítimas do Nando que assumiu ter matado e enterrado os corpos em um cemitério clandestino no Jardim Veraneio.

A dona de casa Matilde Farias da Silva vive o drama por não conseguir enterrar o corpo da filha Aline Farias da Silva 22 anos, porque passou o prazo para o cartório emitir a certidão de óbito. A jovem assassinada em março de 2016 pelo serial killer Luiz Alves Martins Filho, o Nando, e enterrada no cemitério clandestino no Jardim Veraneio, em Campo Grande.

A assessoria de imprensa do governo do estado disse que aguarda um parecer da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sobre a falta de reagente usado para o exame de DNA que atrasou a liberação do corpo.

Sobre a falta de assinatura da juíza, a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) não deu retorno até a publicação desta reportagem.

“Até hoje eu não consegui, é muito triste”, disse a mãe.

Aline é uma das 16 vítimas do Nando, que assumiu a autoria dos crimes. Segundo a polícia, 10 ossadas foram encontradas em novembro do ano passado, mas a confirmação, com exame de DNA, de que uma delas é da filha de Matilde só saiu no fim da última sexta-feira (21).

“Ela ficou no Imol porque o governo não tinha verba para comprar o reagente e a máquina estava quebrada e por isso hoje eu estou tendo toda essa complicação”, afirmou a dona de casa.

Agora a mãe só pode enterrar o corpo da jovem com autorização judicial, porque o prazo para o cartório emitir uma certidão de óbito, que é de um ano, expirou. Ela procurou a Defensoria Pública no último fim de semana que encaminhou esse oficio à Justiça. Mas a juíza de plantão, não assinou o documento.

Sem a assinatura, o sepultamento que seria no sábado (22) foi desmarcado. “Para descansar em paz né, já sofreu demais tadinha”, finalizou.

Fonte: G1

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