Prefeitura e Embrapa Pantanal estudam criar termo de cooperação para manejo dos animais da Lagoa Maior

A visita foi apenas um contato inicial, sendo que a ideia ainda tem que ser muito bem analisada para verificar a viabilidade da parceria

A Lagoa Maior, juntamente das outras duas lagoas e toda a sua fauna e flora, sempre foram destaque na questão ambiental, principalmente pela população de jacarés e capivaras. Por isso, o vice-prefeito de Três Lagoas, Paulo Salomão, acompanhado do secretário de Meio Ambiente e Agronegócio, Celso Yamaguti e fiscais de meio ambiente, recebeu a visita da especialista da Embrapa Pantanal, Zilca Campos, para discutir qual a melhor forma de manejo desses animais.

O foco da reunião foi a preocupação da Administração Municipal com o risco de ataques a pessoas, pois a população tem o hábito de se aproximar do jacaré, por exemplo. “Vamos estudar, a partir de agora, um termo de cooperação entre a Prefeitura e a Embrapa Pantanal no intuito de realizar um estudo para verificar qual a melhor forma de lidar com esses animais, tanto a população de jacarés, quanto a de capivaras”, explicou Yamaguti.

Conforme Zilca, o ideal é capturar alguns exemplares dos jacarés maiores e levar para a Reserva de Cisalpina – Brasilândia e por meio de receptores, observar o comportamento desses animais em um novo ambiente. “Somente com o resultado desse estudo é que é possível analisar se é viável ou não a retirada dos jacarés, afinal temos que ter muito cuidado em não criar desiquilíbrios. Porém, ainda sou a favor de ampliar as campanhas de conscientização da população sobre a importância de preservar a lagoa e respeitar o espaço do animal, pois é um estresse muito grande para eles [animais] serem retirados do habitat que estão acostumados”, explicou.

PARCERIA

No entanto, isso é apenas uma discussão inicial, pois a ideia de criar um termo de cooperação ainda tem que ser analisado e discutido, afinal não depende apenas da vontade pública e sim de custeio da pesquisa e manejo.

“Essa foi apenas uma reunião inicial, nada ficou decidido. Além disso, levamos a pesquisadora para conhecer a lagoa e ela ficou positivamente surpresa com a quantidade de animais que convivem no mesmo ambiente. Estamos buscando parcerias técnicas para lidar com essa situação, pois é uma responsabilidade pública, mas dependemos também da boa vontade e comportamento popular”, explicou Celso.

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