Prefeitura encaminha acordo para “desafogar” rua Angelo Melão

Projeto de Lei enviado pelo Município é aprovado na Câmara de Vereadores

Um dos pontos mais críticos da Cidade, a Rua Angelo Melão, que leva ao Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, que frequentemente enfrenta dificuldades, principalmente, em dias de chuva, deve receber melhorias nos próximos dias.

Esse é a intenção da Prefeitura Municipal de Três Lagoas. “É nossa meta resolver a situação daquela região. Não queremos nossa população enfrentando tais dificuldades, mas é importante que todos entendam a complexidade daquele caso”, explicou o prefeito Angelo Guerreiro.

Na última semana, a equipe do Departamento de Serviços Públicos (DSP), ligado à Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (SEINTRA), realizou mais uma medida paliativa. “Foram usados quatro caminhões de terra para tentar amenizar a situação daquele local”, explicou o Secretário da SEINTRA, Dirceu Deguti.

Esse serviço foi executado diversas vezes, no entanto, é sabido que não faz sombra ao problema encontrado no local, como analisa o Diretor de Infraestrutura da SEINTRA, Adriano Barreto Kawahara. “O solo daquela rua está degradado, o nivelamento também já está comprometido. Por isso é importante a realização de um serviço mais específico para tratar o local”, disse o engenheiro.

A solução provisória está sendo encaminhada a partir da Sessão desta terça-feira (19), com a aprovação da Lei enviada pela Prefeitura ao Legislativo. O Município fará um acordo com a empresa CGR Engenharia Eirelli que, entre outras contrapartidas, como fornecimento de materiais para recuperação de vias, realizará uma importante obra na rua Angelo Melão. A Lei foi aprovada por 15 dos 17 vereadores.

Os serviços, que devem ser concluídos em 60 dias após a sanção da Lei, contarão com tratamento da base de solo sem mistura, compactação e revestimento primário (brita e cascalho), além de um aterramento que pode envolver 200 caminhões de terra fornecidos pelo Município. Todo o projeto e mão-de-obra ficarão por conta da empresa, enquanto a Prefeitura será responsável pela fiscalização do trabalho.

Problema Crônico

É importante salientar que o problema enfrentado na rua em questão está um tanto longe de ser resolvido, por uma série de complexidades que a envolve.

A explicação está no posicionamento geográfico da via, isso inclui o declívio do trecho de 1,5km que se inicia na “Boiadeira” e passa pela frente do IFMS, com aproximadamente 8m abaixo da origem (Confira ilustração na imagem abaixo), como explica a Diretora de Planejamento, da Secretaria Municipal de Governo e Políticas Públicas (SEGOV), Carmem Goulart. “A quantidade de água que vem pela rua, que é estreita, se acumula e precisa de um destino e a qualidade do solo impedem que a água infiltre na superfície”, explicou.

O crescimento populacional contribui com o agravamento dessa e outras localidades. A rua está no trajeto da água despejada por dois novos condomínios instalados na região. Isto acontece, pois, enquanto maior a quantidade de calçadas construídas, maior a impermeabilização do solo, toda água da chuva acaba procurando um destino e esse destino são as regiões mais baixas da Cidade. “O respeito ao Plano Diretor Municipal, na hora de construir, certamente ajudaria a evitar problemas dessa proporção”, argumentou Carmem.

“Mas e se a gente fizesse um asfalto ali?”

A aplicação de uma pavimentação asfáltica no local, diferente do que é pedido por muitos, não resolveria o caso. “Executando somente a pavimentação asfáltica, além de não resolver o problema enfrentado naquela região, agravaria ainda mais a situação no ponto crítico, que receberia maior volume de água e agora com maior velocidade”, disse Carmem Goulart.

Uma vez sabendo que não é uma alternativa a ser considerada a aplicação do asfalto no local, de imediato, a Prefeitura tem buscado a solução para o caso. O que tanto a Diretoria de Planejamento quanto a SEINTRA sabem é que uma obra de drenagem é necessária. Isso inclui a construção de pelo menos mais uma bacia de amortização com dimensão de um alqueire, uma vez que já está em fase final a construção de bacia no Jardim Dourados, que colaborará com a drenagem da região.

A largura da rua é outro fator agravante para as futuras obras na Angelo Melão. Uma desapropriação será necessária para que a via adquira as dimensões mínimas para a drenagem ser instalada da forma adequada. Todo esse processo, segundo estimativa da Diretoria de Planejamento, custaria pelo menos R$ 10 milhões de reais.

*Proposta elaborada pela Diretoria de Planejamento.

Fonte: Diretoria de Comunicação

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