Casos de sífilis crescem 53% em Três Lagoas e geram alerta à saúde pública
Média de diagnósticos da doença em 2017 era de 9,5 por mês; neste ano, o número salta para 14,6 entre janeiro e agosto
O número de novas pessoas diagnosticadas com sífilis entre janeiro e agosto deste ano já ultrapassa o registrado em 2017, em Três Lagoas. O aumento foi de 53% neste ano e gera alerta à saúde pública.
Foram confirmados 117 casos nos primeiros oito meses deste ano contra 115 durante 2017. Por mês, em média, 14,6 pessoas são diagnosticadas com a doença neste ano. Já em 2017, a média mensal era de 9,5 confirmações.
Segundo levantamento realizado pelo Programa Municipal IST/AIDS/HV, o índice é mais acentuado entre jovens de 15 a 39 anos. Em seguida, aparecem as pessoas com mais de 60 anos de idade – somente neste ano, foram oito casos registrados entre esta faixa etária contra quatro contabilizados em 2017.
A pesquisa aponta também que homens representam a maioria destes pacientes tanto em 2017 quanto neste ano. Dos 117 casos confirmados, 40 são mulheres (34%) e 77 são homens (65%). Os números no ano passado se assemelham: 76 homens e 39 mulheres diagnosticados com a doença.
Os anos de 2015 e 2016 lideram com o índice de maior quantidade de gestantes contaminadas, de 2005 até agora. Foram 44 nos dois anos. Até agosto, Três Lagoas somava 14 gestantes com a doença – o que sugere uma média de quase duas por mês.
O QUE É
É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.
TRANSMISSÃO
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gestação ou parto.
TRATAMENTO
A sífilis tem tratamento e cura, o tratamento pode durar até três semanas, de acordo com a avaliação médica. É importante ressaltar que mesmo que a pessoa já tenha tido a doença, caso ela mantenha relação sexual sem o preservativo, ela pode se reinfectar. O tratamento para sífilis e a realização dos exames podem ser feitos em todas as Unidades Básicas de Saúde e no Programa Municipal de IST/Aids/HV.
Fonte : JPNEWS