Coronavírus: Japão e Estados Unidos aprovam medicamento remdesivir contra COVID-19
Menos de uma semana depois dos Estados Unidos, o Japão se tornou o segundo país a autorizar o remdesivir para tratar pacientes com COVID-19, confirmou nesta quinta-feira (7) uma autoridade do ministério da Saúde.
Os procedimentos de autorização para um novo medicamento geralmente são longos no Japão, mas o governo decidiu fazê-lo rapidamente desta vez, na ausência de soluções terapêuticas validadas.
Na sexta-feira passada, este medicamento obteve uma autorização de emergência semelhante da agência americana de medicamentos (FDA), com base em um ensaio clínico positivo nos Estados Unidos.
O medicamento do laboratório americano Gilead Sciences foi desenvolvido inicialmente para tratar pacientes com febre hemorrágica ebola, mas nunca havia sido aprovado para nenhuma doença antes da COVID-19.
Esta é a primeira terapia a demonstrar alguma eficácia contra a COVID-19 em um ensaio clínico significativo, com mais de 1.000 pacientes.
Pacientes hospitalizados com COVID-19 e tratados com remdesivir reduziram seu tempo de recuperação em quatro dias, de 15 para 11 dias, de acordo com os resultados do estudo americano.
O Japão também planeja autorizar outro medicamento antiviral, o Avigan (favipiravir), este mês para tratar a COVID-19, afirmou nesta quinta o porta-voz do governo, Yoshihide Suga.
Desenvolvido por uma subsidiária do grupo japonês Fujifilm, o Avigan foi autorizado em 2014 no Japão para tratar formas graves de influenza. Devido a efeitos colaterais potencialmente graves, especialmente em mulheres grávidas, só pode ser produzido e distribuído no Japão a pedido do governo.
Após resultados encorajadores de estudos na China, outros ensaios clínicos estão em andamento em todo o mundo para testar a eficácia do Avigan contra o novo coronavírus.
O arquipélago japonês registrou quase 15.500 casos e 550 mortes desde o início da crise da saúde.
O governo estendeu o estado de emergência até 31 de maio para continuar incitando os residentes a evitar o máximo de deslocamentos desnecessários.
fonte: www.em.com.br/