Corpo do ex-vereador Fernando Milan será sepultado às 16 horas desta segunda-feira
Velório do delegado aposentado está sendo na Loja Maçônica João Pedro
O corpo de Fernando Milan Amici, 58 anos, morto na tarde deste domingo (8), vítima de infarto fulminante, está sendo velado na Loja Maçônica João Pedro, da qual ela fazia parte, localizada nos fundos do Prédio da Justiça Federal, à Rua Elmano Soares. O sepultamento está marcado para as 16 horas desta segunda-feira.
De família guararapense, Milan foi o primeiro delegado concursado a assumir uma Delegacia de Polícia em Três Lagoas. Ele foi o substituto de Antônio Falco, último delegado nomeado pelo governador da época, no início da década de 1980. Como um dos delegados classe especial da cidade, comandou a Delegacia Regional de Polícia, numa carreira marcada pela austeridade no exercício da função. Fora do cargo, entretanto, era tido como uma pessoa extremamente dócil e altruísta.
Faltando poucos anos para se aposentar, Milan resolveu se enveredar pelo mundo da política. Depois de participar ativamente da campanha que elegeu Simone Tebet (PMDB) – hoje senadora – para o seu primeiro cargo de prefeita de Três Lagoas, ele foi nomeado como chefe de gabinete da filha de seu grande amigo, o senador saudoso Ramez Tebet. Nas eleições subsequentes, em 2008, disputou uma cadeira de vereador, sendo o segundo mais votado, com 1862 votos.
No biênio 2009/2010, Milan foi eleito presidente da Câmara. À frente do cargo, exerceu o mesmo rigor que aplicava na função de delegado titular. Com o objetivo, principalmente, de dar transparência às atividades da Casa e economizar o dinheiro público, implantou algumas medidas impopulares que chegou a desagradar colegas e servidores, como o corte de gratificações, por exemplo. Em sua gestão, visitantes tinham que portar crachá de identificação para ter acesso aos gabinetes.
Durante seu mandato, a Câmara foi atingida por uma redução no repasse do duodécimo, passando de 8% para 7% da receita do município. Mesmo assim, a administração Milan devolveu mais de um milhão de reais aos cofres da Prefeitura no biênio que teve Milan como presidente.
Ainda em 2010, devido à postura do presidente Milan, que pretendia reduzir de 40% para 5% o remanejamento do Orçamento municipal por parte da, então, prefeita Márcia Moura, pela primeira vez na história do município, a peça orçamentária foi votada no mês de janeiro e não em dezembro, como sempre ocorre.
Apesar de ter sido um parlamentar bem sucedido em seu único mandato, Milan optou por não disputar mais cargo político eletivo e nem participar dos bastidores das campanhas eleitorais, como sempre fizera. Aos amigos dizia ter se desiludido com a política. Desde então, dividia a sua vida entre as atividades sociais e religiosas em Três Lagoas, como membro da maçonaria, entre outras, entre a família e também cuidava da fazenda que possuía em Água Clara, na região do São Domingos.
Casado com Gisela Thomé, ele deixa dois filhos.
fonte: Hoje Mais