Homem mata e enterra esposa no quintal. Caso foi registrado em Três Lagoas e é caracterizado como feminicídio
A Polícia Militar de Três Lagoas registrou um caso de feminicídio no último final de semana que chocou a população. Vanda Júlio Borges, 42 anos, foi morta pelo próprio marido, Luciano Nunes Brito, de 41 anos. Ele a matou enforcada e enterrou seu corpo em fazendo do município, distante 100 quilômetros da cidade, onde o casal morava.
De acordo com informações policiais, o filho da vítima tentava entrar em contato com ela, porém, não conseguia. Preocupado, ele resolveu ir até a fazenda e foi comunicado pelo esposo da mulher que ela havia desaparecido.
O filho resolveu denunciar o sumiço na polícia e teve total apoio do autor do crime. Porém, ao chegar à Polícia Militar, Brito passou a entrar em contradição quando foi questionado do paradeiro de Vanda, foi então que ele resolveu confessar que havia matado a esposa.
Em depoimento, Brito disse que estava “atordoado” com a morte de um filho por afogamento, de outro casamento, no interior de São Paulo, e que na última sexta-feira (10) discutiu com a esposa, “perdeu a cabeça” e a matou enforcada.
Após cometer o crime, Brito queimou os documentos da esposa no quintal da casa onde moravam e colocou o corpo da vítima em um saco de adubo e o levou de trator até uma área três quilômetros distante da casa, onde a enterrou.
A Polícia foi até o local onde o corpo estava enterrado e o autor o desenterrou com as próprias mãos.
Luciano Brito foi preso em flagrante por ocultação de cadáver e reponde ao processo no Presídio de Segurança Média de Três Lagoas. De acordo com o delegado Ailton Pereira Freitas, que registrou a ocorrência, Brito ainda não teve a prisão decretada por feminicídio, porém, a polícia trabalha para que isso aconteça.
BATAGUASSU
Em Bataguassu, Região do Bolsão, um crime de feminicídio também foi registrado, no último sábado, dia 11. De acordo com informações do site de notícias, Da Hora Bataguassu, um adolescente de 17 anos confessou ter matado uma mulher de 27 anos e ateado fogo em seu corpo em seguida.
Conforme apurado, ele teria matado a jovem porque a mesma teria discutido com a sua mãe. Ele foi apreendido e continua em uma cela especial da Delegacia de Polícia Civil daquele município e aguarda vaga em uma Unei (Unidade Educacional de Internação) do Estado.
Feminicídio
Sancionada pela ex-presidente do Brasil, Dilma Roussef (PT), lei tipifica como crime hediondo a morte de mulheres por motivo de gênero, a chamada Lei do Feminicídio. Com a legislação, foi endurecida a pena contra indivíduos que matam mulheres por elas serem mulheres.
No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.
Na mesma década, foi registrado um aumento de 190,9% na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas de mortalidade branca e negra. Para o mesmo período, a quantidade anual de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003 para 1.576 em 2013. Do total de feminicídios registrados em 2013, 33,2% dos homicidas eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas.
fonte: Hoje Mais
