Jornal do estado faz graves denuncias referente a administração do Hospital Auxiliadora
Na semana passada foi lançado na edição impressa do Jornal Impacto MS uma noticia com o titulo ” População quer que seja aberta a “caixa preta” do Hospital Auxiliadora de Três Lagoas
Na matéria o Jornal faz graves denuncias sobre o atual administrador da instituição Marco Antônio Calderon de Moura. Há denúncias de compras que não se justificam; emissão de nota fiscal de empresa de propriedade do diretor-geral como prestadora de serviços de assessoria e a prática
mais do que comprovada de nepotismo.
Segundo o Jornal Impacto MS o administrador Marco Antônio Calderon de Moura teria assumido o cargo de diretor-geral do Hospital Auxiliadora em 17 de agosto de 2017. Em fevereiro de 2018, ele constituiu a empresa Calderon Consult na cidade de Santana do Ipanema, no Estado de Alagoas, e logo em seguida emitiu uma nota fiscal contra o Hospital Auxiliadora no valor de R$ 2.500,00 para cobrir despesas com a contratação de serviços de Instrução e Treinamento.
O problema é que a emissão da nota, cortada da empresa de Calderon, contra a instituição filantrópica que ele dirigia, vazou e como vazou, o Hospital Auxiliadora não pode fazer o pagamento.
Como se pode notar, não houve a configuração do ilícito,Como se pode notar, não houve a configuração do ilícito,porque a treta foi descoberta a tempo de ser impedida de ser concretizada. Mas, mesmo assim ficaram algumas perguntas sem respostas, principalmente a que surgiu da explicação que ele deu para a emissão da nota fiscal.
Ao justificar a emissão da nota, Calderon afirmou que um funcionário do hospital foi instruída por ele a “cortar” uma nota da sua empresa naquele valor, mas não era contra o Hospital Auxiliadora e sim contra outra empresa. O funcionário, contudo, teria se confundido e tirado a nota
contra a instituição. E aí surge o questionamento: com qual autoridade ele usa um servidor do hospital para fazer serviço de sua empresa em horário de expediente? Se a justificativa de
Calderon, por um lado, conserta o suposto “erro do funcionário do hospital”, por outro, torna-se uma confissão da prática de crime de responsabilidade, pois, ele jamais poderia se valer de um servidor da instituição filantrópica da qual era diretor para atender a seus interesses comerciais.
Outro ato protagonizado pelo diretor-geral do Hospital Auxiliadora e que deixou perplexa uma das diretoras da instituição que integra o grupo de freiras que forma o Conselho do Hospital foram os gastos de mais de R$ 150.000,00 sob a rubrica de “outras despesas”. Questionado sobre como esse valor tinha sido gasto,Marco Calderon não se avexou e justificou dizendo que havia gasto os R$ 150 mil na aquisição de flores, pois, em todos os eventos realizados no hospital eles floriam os ambientes. A irmã de caridade, assustada como valor exorbitante,teria perguntado a Calderon se ele havia comprado “um campo de flores inteiro da cidade de Holambra”.
QUEBRADEIRA – Embora tenha R$ 150 mil para gastar com flores, o diretor-geral do Hospital Auxiliadora se mostrou, ao longo desses dois anos e poucos meses que está à frente da direção da instituição, um grande chorão. Não teve fim de ano que ele não reclamasse que o hospital vive no vermelho, a despeito de receber montante considerável em repasses municipais, estaduais e federais.
No fins de ano a conversa é sempre a mesma: o hospital está quebrado e não tem dinheiro para pagar o 13º salário dos funcionários, o que demonstra falta de competência na gestão da instituição.
Por sinal, no fim do ano passado, correram informações de que o diretor teria orientado os funcionários a ameaçarem fazer greve, caso não recebessem o 13º. Diante da pressão, o deputado estadual Eduardo Rocha, do MDB, teria mexido os pauzinhos em Campo Grande e viabilizado uma emenda parlamentar da ordem de R$ 1.000.000,00 para que os funcionários fossem pagos e se evitasse o movimento paredista.
Na verdade, essa tática terrorista teria sido utilizada também nos anos anteriores e deverá ser usada no fim desse ano, caso não sejam tomadas medidas no sentido de se implantar um sistema de gerenciamento capacitado no Hospital Beneficente que não estaria pagando atualmente os seus fornecedores e a crise nesse segmento teria chegado a tal ponto que há alguns dias o fornecedor
de pães ameaçou cortar o fornecimento do produto por falta de pagamento.
NEPOTISMO – Por outro lado, embora alardeie que não há dinheiro para garantir o funcionamento a contento do Hospital, parece que sobra dinheiro para a diretoria da instituição contratar parentes e apadrinhados do senhor diretor-geral. De acordo com informações obtidas junto aos documentos
da instituição de caridade, a esposa do senhor Marcos Calderon, a senhora Theise Calderon é coordenadora de Enfermagem, e a prima dele, Michele Calderon, é Supervisora exercendo um caro de Analista, sendo subalterna dele.
O funcionário de nome Renato, gerente de Recursos Humanos, é afilhado de casamento de Marcos Calderon, enquanto que Thiago Carvalho, é o responsável pelo setor financeiro do hospital, sendo Gerente de Faturamento, de Auditoria, de Contabilidade e de Custos do Hospital. Nada é pago, ou não deveria ser pago, sem passar primeiro pelo conhecimento desse servidor.
Por fim, há a servidora Carla Machado Lourenço, gerente do CDI – Cento de Imagem do Hospital – e responsável também pela limpeza do local. É apontada como amiga pessoal e de extrema confiança de Calderon, motivo pelo que ele a teria trazido de fora para fazer parte da cúpula diretiva do Hospital. Não se tem certeza, mas comentam-se nos corredores do hospital que Calderon seria, também, padrinho de casamento de Carla, mas esta não é uma informação confirmada.
Fonte: Jornal Impacto MS