Nobel de Química, Michael Levitt diz que isolamento social pode matar mais do que salvar vidas
“Danos sociais foram extremos”, disse o cientista
Michael Levitt, cientista britânico vencedor do prêmio Nobel e professor da Universidade de Stanford, afirmou em entrevista ao jornal “The Telegraph” que o isolamento social imposto em vários países por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi uma perda de tempo e pode matar mais do que salvar vidas.
“Acho que o bloqueio não salvou vidas. Eu acho que pode ter custado vidas. Ele salvou algumas vidas de acidentes de trânsito, coisas assim, mas os danos sociais – abuso doméstico, divórcios, alcoolismo – foram extremos”, disse o cientista que ganhou o Prêmio Nobel de Química em 2013 pelo ‘desenvolvimento de modelos em várias escalas para sistemas químicos complexos’.
Levitt declarou em março que a maioria das previsões de especialistas sobre o coronavírus estava errada. Para ele, a queda nas taxas de infecção desde que a quarentena foi iniciada sugere que o vírus “provavelmente tem sua própria dinâmica”, que não está relacionada a medidas de bloqueio frequentemente inconsistentes. “Por razões que não estavam claras para mim, acho que os líderes entraram em pânico e as pessoas entraram em pânico. Houve uma enorme falta de discussão”, afirmou o cientista.
O professor de 73 anos descreve os bloqueios como “medievais” e diz que os epidemiologistas exageram nas suas alegações de modo que as pessoas têm mais probabilidade de ouvi-los.
Levitt disse ainda que a modelagem que levou o governo do Reino Unido a iniciar o lockdown – realizado pelo professor Neil Ferguson – superestimou o número de mortos em “10 ou 12 vezes”
Fonte: RedeTV