Prefeitura estuda maneiras de solucionar transporte de alunos na zona urbana
Algumas medidas momentâneas já foram tomadas e agora reuniões entre os responsáveis podem definir um plano definitivo
Três Lagoas vem crescendo a cada ano, seja economicamente, seja no número de habitantes e, com isso, o número de estudantes, principalmente aqueles menores de 13 anos de idade, aumenta, o que exige que o sistema de transporte escolar urbano seja repensado de uma maneira que acompanhe essa expansão.
A região do Novo Oeste, onde estão construídos os Residenciais Orestinho I e II, foi a que mais teve crescimento populacional, além do Bairro Montanini e Ypê 4 e, por isso, o Departamento de Transporte Escolar com apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito, está estudando a melhor maneira de reestruturar o sistema de transporte dos alunos da Rede Municipal e Estadual de Ensino que vivem nessas regiões.
AMARELINHOS
Com a retirada de circulação dos conhecidos ônibus amarelinhos – que atendiam principalmente a região do Novo Oeste – devido a problemas de manutenção, vindos da gestão anterior, e o inadequado direcionamento dessa frota, haja vista que é do Programa Caminho da Escola e visa atender a Zona Rural, a Prefeitura contatou a empresa responsável pelo transporte coletivo urbano para reforçar o número de carros que atendem a região do Novo Oeste.
“Solicitamos que a empresa direcione dois ônibus a mais para atender a região, antes era apenas um. No entanto, a empresa tem que cumprir o que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) prevê, que cidadãos com menos de 13 anos de idade têm que ser acompanhados por um responsável. Além disso, a empresa foi licitada para rodar com 13 carros e, como não há demanda constantes, não há condições econômicas de a mesma ampliar esse número”, explicou o diretor de Trânsito, Flávio Thomé.
Agora, todos os alunos que dependem de transporte coletivo urbano devem utilizar o benefício do Passe Escolar, retirado junto a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) mediante a apresentação da matrícula escolar.
“Outra situação que enfrentamos é que os pais alegam que foram pegos de surpresa pela parada dos amarelinhos e que não têm condições de acompanhar seus filhos até a escola. Por isso, a Prefeitura, por meio de orientação da Promotoria Pública, irá manter os monitores de alunos (antes atuavam nos amarelinhos) nos períodos matutino e vespertino acompanhando os alunos até a escola e de volta até os pontos de ônibus próximos as suas residências durante o primeiro semestre de aula, após esse período a responsabilidade passa a ser dos responsáveis”, explicou o Coordenado de Transporte Rural, José Donizeti de Lima.
PROCURANDO SOLUÇÃO DEFINITIVA
Ainda conforme Donizeti, um das primeiras ações para criar um plano de ação que seja definitivo e que possa acompanhar o crescimento dessas e de outras regiões, será uma reunião com os síndicos dos condomínios e outros órgãos envolvidos para fazer um levantamento do número de crianças em idade escolar e que utilizam o transporte público nessas regiões.
“No entanto, precisamos que todos os interessados, responsáveis e envolvidos estejam dispostos a encontrar uma solução, pois é um problema sério e que temos que solucionar o quanto antes, pois é uma questão de segurança e qualidade de vida desses alunos”, finalizou o coordenador.