Reforma da Previdência deixará 70% dos trabalhadores sem aposentadoria pública
As informações do Dieese, afirmam que por trás da proposta está o secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. O homem por trás da reforma da Previdência, possui uma agenda bastante curiosa. Desde que assumiu o cargo, Caetano nunca divulgou seus compromissos. Entretanto, há informações de que ele tenha se reunido com dezenas de entidades representadas por empresas de previdência privada e com centrais sindicais. Ainda de acordo com as informações, Caetano atua como conselheiro da BrasilPrev, que, embora pertença ao Banco do Brasil, mantém interesses privados.
De acordo com a proposta do governo, a reforma da Previdência contou com a participação de um projeto elaborado pela Casa Civil. A expectativa era para que o texto não sofresse alteração na parte da previdência complementar. Mas de última hora a proposta foi modificada. O texto que obrigava os servidores públicos de fazerem seus planos de aposentadoria através de empresas privadas sem fins lucrativos sofreu alteração. A alteração da proposta foi atribuída a Marcelo Caetano, que na oportunidade abriu as portas para que as empresas que atuam no mercado financeiro ingressem na área pública.
Na última quinta-feira (23), a Pública Central do Servidor, denunciou o caso na Comissão de Ética da Presidência da República. De acordo com Nilton Paixão, presidente da Publica Central do Servidor, há um notável conflito de interesses da BrasilPrev em ingressar no funcionalismo público. Paixão explica que as informações a respeito das funções exercidas por Marcelo Caetano, levantam uma série de dúvidas nas decisões tomadas em relação à primazia dos interesses públicos da empresa. Atualmente a Pública representa funcionários públicos aposentados e pensionistas de Órgãos do Legislativo, Executivo e Judiciário das esferas, federal, estadual e municipal. A emenda parlamentar de número 12.813, de 2013, explica que o exercício da prestação de serviços implica na manutenção dos negócios relacionados às empresas interessadas nas decisões dos agentes públicos, ou do colegiado o qual ele participa.
fonte: Jornal em Foco