SEMEA procura Instituto de Campo Grande para traçar plano de preservação das Araras

A Secretaria buscou ajuda do órgão, pois ele tem especialista que executa trabalho de sucesso na preservação de diversas espécies no Pantanal e Campo Grande

As Araras Canindé são animais frequentemente vistos em Três Lagoas, seja em regiões mais rurais, ou no centro da Cidade e, pensando no bem estar delas e na preservação da espécie, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) procurou orientação do Instituto Arara Azul de Campo Grande para saber quais ações podem ser realizadas para manter um ambiente favorável para que esses pássaros tenham condições de se reproduzir e não entrarem em extinção.

Durante a visita, o secretário da pasta, Celso Yamaguti, falou com a diretora do Instituto Arara Azul, Elisa Mense, e descobriu que desde 1990 é realizado um trabalho com diversas espécies na região do Pantanal e na Cidade de Campo Grande. “Na época existiam, segundo os pesquisadores, cerca de dois mil exemplares da Arara Azul, ou seja, estavam quase em extinção e, hoje, após um extenso trabalho, são mais de seis mil”, comenta Celso.

Esse resultado extremamente positivo, segundo a pesquisadora Neiva Guedes, uma das principais responsáveis pelo projeto, se deve a um trabalho que é composto de uma série de ações e, uma delas, foi a colocação de 130 ninhos artificiais, sendo que 80 permaneceram ativos e, desses, 60 conseguiram criar um ambiente propício para que a espécie se reproduzisse.

“Inicialmente, o nosso intuito era procurar ajuda para que evitássemos que a espécie matasse as Palmeiras da cidade para fazer ninho e, ao mesmo tempo, criar ações que permitissem a permanência e a reprodução do animal. Porém, descobrimos que, independente da colocação de ninhos artificiais, ainda assim há grande possibilidade de as araras procurarem a palmeira para se reproduzirem, pois isso é algo natural da espécie”, diz Celso.

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