Túnel construído pela Fibria desafogará trânsito nas rodovias
A Fibria já começou as obras de um túnel off-road, que fará a interligação das estradas florestais com a unidade de Três Lagoas. A obra, quando entregue, reduzirá em 30% a utilização das rodovias BR 158 e BR 262 para o transporte de madeira. O investimento previsto será de R$ 8 milhões e o dispositivo deve ser inaugurado até julho deste ano.
O túnel terá quatro metros de largura, seis de profundidade e 22 metros de extensão e está localizado na BR-158, próxima à entrada da indústria. O dispositivo elevará a capacidade de carga dos caminhões com o tráfego direcionado exclusivamente para estradas florestais, reduzindo a utilização de rodovias para transporte de madeira, os custos operacionais e a emissão de carbono pela redução do consumo de diesel, proporcionando bem-estar social das comunidades onde a empresa está inserida.
Para o gerente-geral florestal da Fibria Tomás Balistiero, a empresa busca a sustentabilidade, sem abrir mão da competitividade. “O túnel compõe um robusto projeto de logística, que também inclui a redução da utilização das rodovias para o transporte de madeira e a adaptação de parte da sua frota de caminhões tritrens para pentatrens, permitido ao motorista trafegar somente em estradas florestais internas”, analisa.
Na prática, isso significa que serão utilizados caminhões com mais composições engatadas, o que representa um ganho de 50% na capacidade de carga de madeira – o que compensará a velocidade reduzida de 49 km/h exigida nas estradas florestais da Fibria. Espera-se, ainda, a redução de emissão de CO2.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Milton Rocha Marinho, reforça que a redução do tráfego de caminhões pesados representa condições mais seguras e confortáveis nas estradas da região. “A fiscalização é insuficiente para dar conta da demanda e uma iniciativa como essa, da Fibria, ajuda a conservar nossas estradas”, avalia.
De fato, um estudo da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga (ABTC) revela que 10% de peso excedente em caminhões, reduzem até 30% a vida útil de uma rodovia. Isso implica em queda de vida útil do asfalto de dez anos para sete anos. “As rodovias tem um prazo de duração. Cada R$ 1 não aplicado em conservação, custa R$ 3 para restaurar ou reconstruir os trechos”, finaliza o superintendente do Dnit.
fonte: Expressão MS