UEMS/CG: Pela primeira vez em MS, presidente da FINEP fala sobre investimentos em ciência e tecnologia

Nesta quinta-feira (2), o Conselho de Reitores das Instituições de Ensino Superior (CRIE) e Institutos de Ensino Superior se reuniu com o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera, que pela primeira vez veio a Mato Grosso do Sul, para tratar sobre a estruturação do investimento na pesquisa, por meio da ciência e tecnologia. O evento aconteceu no Bloco D da Univeridade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Celso Pansera, enfatizou os valores que o Governo Federal está disposto a investir nos próximos quatro anos – cerca de R$ 25 bilhões em todo o país. Essa verba também vai ser destinada na recuperação da infraestrutura obsoleta, na ampliação das existentes e no investimento de novas. “É uma prioridade, o desenvolvimento nacional com investimento em ciência e tecnologia”, reafirmou.  

Para a vice reitora da UEMS, Profa. Dra. Luciana Ferreira da Silva, a parceria com um órgão de financiamento, facilita na elaboração de projetos com portencial de concorrer nacionalmente. Ela acrescentou que a UEMS têm dois subprojetos no valor de R$ 10 milhões para investimentos de pesquisas na rota da celulose, e para o desenvolvimento da área sudoeste de Mato Grosso do Sul. Luciana reiterou que tudo envolve o centro de pesquisa das unidades de Cassilândia, Aquidauana e Naviraí para melhorar os laboratórios e avançar nas análises ambientais e de impacto que os grupos de pesquisadores desenvolvem, ao longo dos anos.

Já o reitor da Universidade Católica Dom Bosco, Padre José Marinoni, questionou a falta de interação das instituições de ensino superior com a sociedade, a indústria e o mercado de trabalho. Segundo ele, os currículos devem ser modificados para atender as necessidades do mercado gerador de empregos. Outro ponto abordado foi a universidade corporativa, criada por algumas empresas e que, na visão do Padre Marinoni, dificulta o relacionamento com as instituições de educação superior, inviabilizando a abertura entre os entes.

O  Dr. Jones Dari Goettert, reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e presidente do CRIE, falou sobre os desafios centrais para ampliar e fortalecer os espaços de pesquisa, a partir de editais de financiamento para prédios, equipamentos e estudos científicos – impactando diretamente na sociedade. Toda análise da ciência deve considerar as diferenças territoriais, sociais, étnicas e culturais do Estado, uma vez que a sociedade é impactada por isso. “ Mato Grosso do Sul é um ponto estratégico, é um polo para a América Latina com a Rota Bioceânica”, salientou.

Na reunião também estiveram presentes: Seila Rojas – pró-reitora de ensino de pós-graduação e pesquisa UFGD, Andressa Bachega – pró-reitora de administração UFGD, Elaine Cassiano – reitora IFMS, Jaqueline Moreira Jurado – diretora da unidade de Campo Grande – UEMS, Cristiano Espinola Carvalho – Pró Reitor de Pós Graduação e Pesquisa UCDB, Denise Pedrinho, pró-reitora pesquisa – UNIDERP/ANHANGUERA, Danielle Miron, pró-reitora acadêmica – UNIDERP/ANHANGUERA, Maria Ligia Rodrigues Macedo – Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação – UFMS, Marco Antônio de Oliveira Mattos  – Diretoria de Cooperação Científica e Tecnológica – UFMS, Neca Chaves Bumlai – diretora Faculdade INSTED, Vinícius Soares de Oliveira  – Pró-Reitor de Ensino e Extensão da Unigran – Faculdades UNIGRAN

CRIE – Criado em agosto de 2017, o Conselho reúne os reitores das  principais instituições de ensino superior de Mato Grosso do Sul, sejam elas federais ou estaduais, públicas ou privadas. Seu principal objetivo é o fortalecimento das instituições, públicas e privadas, aumentando a troca de experiências e possibilitando o desenvolvimento local e regional.

FINEP – Criada em 1967 a Financiadora de Estudos e Projetos, é uma empresa pública de estímulo à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas, está vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, de onde vem os recursos para o desenvolvimento no setor.

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