Insatisfeitos com diretor, médicos do Hospital Auxiliadora de Três Lagoas pedem demissão coletiva

Não suportando mais a pressão psicológica do trabalho arriscado de cuidar de pacientes com o Novo Coronavírus a equipe médica do Hospital Auxiliadora de Três Lagoas apresentou, ontem, um pedido de demissão coletiva, deixando o único hospital da cidade credenciado para atendimento de pacientes com a Covid-19 sem socorro.

A denúncia foi encaminhada ao programa “Bronca do Eli” veiculado todas as manhãs nas rádios Diamante FM e Segredo FM comandado pelo radialista Eli Sousa. Segundo a denúncia, a demissão da equipe médica se deu porque os profissionais não concorda com a política administrativa do hospital que estaria recebendo muito mais recursos públicos nesse período de pandemia, mas continuaria oferecendo atendimento de baixa qualidade à população e não oferecendo mínimas condições de trabalho aos seus profissionais.

O diretor do hospital, Marcos Calderon, mais conhecidos nos meios sociais três-lagoenses como “El Bigodon” está sendo acusado pelos médicos demissionários de não autorizar o pagamento de horas extras para quem estava trabalhando até 24 horas sem descanso, sob a alegação de que não tem dinheiro. Os médicos dizem que, no entanto, essa alegação não é verdadeira, tanto que o diretor do hospital ganha mais do que o governador do Estado (veja matéria específica sobre ao assunto).

“O interessante é que a direção do Hospital fala que não tem dinheiro para pagar salário digno a médicos, enfermeiros e técnicos que estão na linha de frente do combate ao Coronavírus, mas para aumentar o salário do diretor para mais de R$ 27 mil o financeiro tem dinheiro” afirmou um médico demissionário revoltado.

O hospital informou que os médicos solicitaram o rompimento contratual e que os profissionais não trabalhavam diretamente com pacientes suspeitos ou com casos confirmados de covid-19. Também apontou que o setor desfalcado, de clínica médica, foi reformulado.

Fonte: Impacto MS

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