Meio ambiente garante que poder público tem respaldo e estratégias para impedir que Lagoa Maior fique seca

O assunto foi destaque na mídia local e preocupou a população três-lagoense

A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA), resolveu se manifestar após a divulgação por parte de alguns órgãos de imprensa local, sobre o possível desaparecimento do leito aquático da Lagoa Maior no período de dez anos.

A notícia, que gerou polêmica e preocupação na população, tem base nos estudos feitos pelo professor de geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Dr. André Luiz Pinto. Ele alega que o principal cartão postal do Município poderá secar em uma década, devido ao assoreamento ocasionado pela quantidade de terra advinda com as enxurradas dos bairros próximos em épocas de chuva e devido às condições climáticas.

Quanto a isso, o fiscal ambiental da SEMEA, Flávio Fardin, e a engenheira ambiental, Géssica de Oliveira, dizem que a possibilidade existe, contudo, há medidas que o poder público pode adotar para providenciar a recuperação da lagoa neste tipo de situação.

 “O estudo que aponta a ‘perda’ da Lagoa Maior em dez anos é uma hipótese com base científica, o fato pode inclusive se antecipar ou levar mais tempo que o previsto. Concluiu-se isto com base no nível de sedimentação acompanhado ao longo do tempo pela pesquisa, ou seja, a lagoa secar ou ficar muito rasa é sim um fato. Se isto acontecer, a administração municipal tomará as medidas legais e ambientais cabíveis para a recuperação, já que a própria SEMEA é o órgão que licencia a orla da Lagoa Maior”, explica Flávio.

MEDIDAS JÁ EXISTENTES

As lagoas de contensão que existem ao redor da lagoa, se tratam de uma medida de prevenção à sedimentação excessiva, sendo que as águas das enxurradas passam antes por elas, as quais retém boa parte da terra nessas bacias, como uma espécie de filtro. Esses pontos são limpos em épocas de estiagem, com auxílio de maquinários.

Outra alternativa que permite que a Lagoa Maior mantenha seu nível é o sistema de bombeamento de água que vem da Segunda Lagoa, recurso utilizado quando está acima do nível. A Prefeitura também tem construído “piscinões” nos bairros adjacentes, o que resolve parte do problema de escoamento pluvial até a Lagoa Maior.

Segundo Géssica, a população três-lagoense pode ficar tranquila quanto ao problema. “O cuidado com o meio ambiente é uma preocupação geral e a sociedade também deve fazer sua parte. Saliento que todos os procedimentos de preservação da Lagoa Maior estão sendo tomados e caso esse fato venha ocorrer no futuro, a Prefeitura e os órgãos ambientais terão meios legais e técnicos para manter o nosso ponto turístico”, concluiu Géssica.

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