Primeiros 10 dias de 2018 registram três vezes mais chuva do que mesmo período do ano passado

Trabalhadores estão se dedicando na recuperação de vias e construção de galerias

Os primeiros dias de 2018 não têm sido fáceis para os moradores de Três Lagoas, sobretudo, para os de bairros que enfrentam, historicamente, problemas de drenagem de água pluviais. Crateras foram abertas em algumas vias, enquanto outras ficaram intransitáveis.

Nos 10 primeiros dias de 2018, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), foram registrados 161 milímetros de chuva em Três Lagoas. No mesmo período de 2017, o órgão aponta 50,4 milímetros, ou seja, no começo deste ano choveu mais do que o triplo do ano passado.

O maior volume registrado caiu na última madrugada (10). Em apenas 5 horas, uma chuva de 46,8 milímetros precipitou sobre Três Lagoas, causando prejuízos e oferecendo riscos à população.

MEDIDAS EMERGENCIAIS

Equipes da Diretoria de Serviços Públicos (DSP), ligada à Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (SEINTRA), estiveram em diversos pontos da Cidade tomando providências emergenciais como, patrolamento de vias e aterramentos de algumas valas abertas em determinadas ruas.

Um caso bastante crítico aconteceu no Bairro Vila Verde. Um buraco de quase dois metros de profundidade foi aberto por uma longa extensão da Rua Rogaciano Gomes Moreira. Os servidores da Prefeitura estão trabalhando no local que deve ter os serviços concluídos em até dois dias, segundo o diretor da DSP, Osmar Dias.

O secretário da pasta, Dirceu Deguti, esteve no local e avaliou a situação da via. Segundo ele, a construção de bairros em locais próximos a formação da cratera, sem o devido planejamento, agravou a situação daquela rua. “Toda a água dos bairros construídos descem por ali, transformando a rua num canal de água”, disse Dirceu Deguti.

DRENAGEM

Segundo levantamento da SEINTRA, atualmente, Três Lagoas possui pelo menos 40 pontos críticos sujeitos a alagamentos. “O ideal seria a realização de obras de drenagem em todos esses lugares. Além disso, o sistema necessita de um trabalho de macrodrenagem”, falou o secretário.

Ainda segundo Deguti, Três Lagoas chegou a um ponto muito delicado e o valor dos investimentos para reverter a situação são altos. “Cada drenagem deve custar em torno de R$ 30 milhões, algumas podem ser ainda mais caras, acima de R$ 60 milhões. Hoje, diversos projetos são levados à Brasília todos os meses para tentar conquistar verbas dos ministérios e emendas parlamentares”.

De acordo com Deguti, a situação é muito comum no Município. “São diversos casos em que o crescimento urbano desorganizado tem causado problemas de drenagem. Não é novidade pra ninguém que Três Lagoas enfrenta esse grave transtorno. Nosso trabalho é lutar para conseguir realizar grandes obras e resolver esses casos”, explicou.

 OBRAS EM EXECUÇÃO

Atualmente, três bacias de amortização estão sendo construídas na Cidade. Uma no Jardim Alvorada, outra no Jardim Dourados e mais uma no Bairro Vila Alegre. “São bacias pequenas, que atendem essas regiões e devem amenizar o problema enfrentado pelos moradores”, disse Deguti.

Na tarde dessa quarta-feira (10), mesmo com a chuva, trabalhadores estão se empenhando no desentupimento de manilhas da obra no Bairro Vila Alegre aterradas por conta de chuvas anteriores.

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