Governo pode antecipar decreto de emergência ambiental no Estado

Secretário de meio ambiente afirma que 2024 exige ações antecipadas para evitar desastres no Pantanal

Com cenário atípico no Pantanal nos primeiros meses do ano, o Governo estuda antecipar o decreto de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul, devido a ação do fenômeno climático El Niño. Na manhã desta terça-feira (21), o secretário de meio ambiente, Jaime Verruck, revelou que a pasta vai avaliar nos próximos 15 dias a situação do bioma. A fala foi dita após o 1º Seminário de Prevenção aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul, realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.

“Nós achamos que esse ano temos que começar uma ação muito rápida e vamos ver a partir desse decreto para poder monitorar a partir de março ou abril. Que deveriam ser mais tranquilos, pois tem chuva. Já tivemos fogo em janeiro, isso preocupa”.

Segundo Verruck a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) está realizando um estudo técnico para validar ou não a antecipação. “Todo decreto de emergência precisa ter uma base técnica. Ele facilita todo processo de contratação. Nas próximas duas semanas vamos fazer isso e se indicar que nós temos uma situação que justifique nos vamos fazer sim”.

Chuvas – Desde dezembro de 2023 o volume de chuvas está abaixo da média em todo o Estado. A previsão é de que o déficit de precipitação persista e provoque danos ambientais, com ampliação de área seca e intensificação de casos de incêndios florestais.

Vinícius Sperling, meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul),  ressalta que o cenário crítico está presente há três meses e que a situação deve se agrave nos próximos meses.

No Pantanal, a área com seca foi intensificada no período que deveria ser mais chuvoso, entre dezembro e janeiro. De acordo com a análise do Cemtec, isso resulta no aumento dos focos de calor no bioma e consequentemente em incêndios.

“Desde novembro a gente observou o avanço da seca, com piora em janeiro por conta das chuvas muito abaixo do ideal”. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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